quarta-feira, 4 de maio de 2011

Estado cria PBVest

Estado cria PBVest, com a participação de professores da rede particular de ensino


Alunos de escolas públicas terão acesso as vídeos-aulas

Na tentativa de oferecer aos estudantes secundaristas mais condições de ter ingressas em algum curso superior, o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação está desenvolvendo o PBVest. O curso pré-vestibular contará com a participação dos melhores professores do Estado.
Na última quarta-feira, 13, foi realizada a primeira reunião (foto) com a presença dos professores, onde foi discutida a metodologia e a pesquisa para as gravações das vídeos-aulas. Segundo o professor Américo Falcone, coordenador do curso, o próximo passo será a preparação de um cronograma de distribuição do conteúdo para elaboração do material e gravação do programa piloto. As vídeo-aulas serão gravadas no estúdio do Espaço Cultural.
“A nossa intenção é que os alunos da rede estadual tenham acesso ao cursinho com o acompanhamento de um monitor em cada escola. As vídeo-aulas possibilitaram ainda que os alunos que participam do curso tenham acesso aos mesmos professores e aos mesmos conteúdos. Assim, os alunos que estudam em João Pessoa, por exemplo, poderão receber a mesma qualificação que um aluno de que está na outra ponta, em Cajazeiras”, explicou o professor Américo.
As aulas acontecerão nos três turnos para atingir o maior número de alunos possível e a previsão é que tenham início no mês de junho.
Participarão das gravações os seguintes professores: Pelágio Nerício (física), Alan (biologia), Geraldo Lacerda (matemática), Socorro Arruda (língua portuguesa), Douglas (língua espanhola), Motinha (língua inglesa), Waldemir Pinheiro (história), Luciano Gaúcho (geografia) e Américo Falcone (química).
 
da Redação (com assessoria)

Senado aprova projeto que amplia jornada diária escolar em 40 minutos

Senado aprova projeto que amplia jornada diária escolar em 40 minutos

Proposta foi votada na Comissão de Educação da Casa e segue para Câmara.
Senadores aprovaram aumento de 75% para 80% da frequência mínima.

Robson Bonin Do G1, em Brasília
A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta terça-feira (3) dois projetos de lei que pretendem ampliar o tempo de permanência dos alunos nas escolas brasileiras. A primeira matéria aumenta de 75% para 80% a frequência mínima exigida para aprovação de alunos na educação básica. Já o segundo projeto prevê a ampliação da carga horária mínima anual nos níveis infantil, fundamental e médio de 800 para 960 horas de aula por ano.
Aprovadas em caráter terminativo – quando não há necessidade de votação em plenário –, as medidas ainda precisam ser votadas na Câmara dos Deputados.
Ambos os projetos foram apresentados pelo senador Wilson Matos (PSDB-PR), que é suplente e já não ocupa cadeira no Senado. Na primeira proposta, a elevação da carga horária anual pode ocorrer de duas formas: com a elevação do turno diário nas escolas em 40 minutos ou a ampliação do calendário anual das escolas entre 20 e 40 dias. O número de dias ampliados pode variar conforme o tempo de intervalo adotado por cada escola.

Para justificar a apresentação do projeto Matos lembrou a “insuficiência dos conteúdos oferecidos aos alunos, seja em termos qualitativos, seja em quantidade” e ainda argumentou que a “carga proposta pode viabilizar a qualificação e ampliação dos conteúdos trabalhados em aula, de modo a contribuir de maneira mais eficaz para a construção de competências esperadas dos alunos”.
A regra aprovada pela comissão para ampliar a carga horária não contabiliza o tempo reservado aos exames finais que deve ser somado ao novo período. Se o projeto virasse lei este ano, a nova regra passaria a valer em janeiro de 2013.
Durante o debate na comissão, um dos motivos apontados pelos senadores para justificar a aprovação da matéria é a necessidade de implantar gradualmente o turno integral nas escolas. Para o relator do texto na comissão, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), já passou da hora de ampliar a carga horária de ensino no país: “O Brasil é o país que tem a menor carga horária nas escolas. O projeto servirá para começar a forçar o debate para irmos para o regime de tempo integral nas escolas e fazer com que o governo federal se preocupe com isso. A educação tem pressa.”
Favorável ao projeto, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) adotou discurso semelhante ao do relator: “Precisamos reconhecer que os nossos alunos estudam pouco.”
Frequência
Já o projeto que trata da ampliação da frequência mínima de 75% para 80% foi elaborado a partir de dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que mostraram, segundo o autor da matéria, Wilson Matos (PSDB-PR), a queda na performance escolar dos estudantes brasileiros.
“Não podemos fazer vista grossa à exigência insuficiente de comparecimento às aulas, como possível causa do fenômeno de absenteísmo tolerado, intimamente associado, a nosso ver, aos resultados indesejáveis nos testes de avaliação apontados”, argumentou o autor da matéria.
Inicialmente a matéria previa a elevação da carga de 75% para 85%, mas o percentual foi modificado por ter sido considerado exagerado pelo relator da matéria: “Ademais, o estudante trabalhador poderá encontrar, na elevação excessiva da frequência mínima, entrave intransponível à sua formação pessoal.”
Cyro Miranda também considerou a aprovação da matéria uma iniciativa para ampliar o debate sobre o ensino integral no país: “Hoje, temos vários artifícios para fugir do número de presença. O aluno tem que estar motivado. A presença não seria tão necessária se impor se o aluno estivesse motivado.”

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