sábado, 30 de abril de 2011

Maioridade penal

Maioridade penal: a culpa é da criança?

O leitor Frambell Carvalho foi escolhido como a Opinião Pública da semana. Participe também comentando nas matérias

9/04/2011 | Enviar | Imprimir | Comentários: 17 | A A A
O leitor Frambell Carvalho comentou a matéria “Manter, reduzir ou abolir a maioridade penal?” e foi escolhido como a Opinião Pública da semana. E você? Já deu sua opinião?
Eu seria capaz de ser a favor da redução da idade penal se a punição aos adultos fosse para todas as classes, e não tão seletiva como é. Se os pais educassem seus filhos convienentemente; se recorressem aos métodos caseiros de educação, como o castigo, fazendo-o devolver o objeto que ele disse ter ganhado; não sendo indiferentes quando os filhos cometessem um delito. Sobretudo, não fazendo apologia à violência na frente das crianças.
Se senadores, deputados e outros altos funcionários públicos não cometessem crimes de lesa patria a todo instante, e quando o fizessem fossem punidos com a cassação do mandato, a perda do emprego e a devolução do roubo em dobro, aí sim teríamos bons exemplos. Ao contrário, são julgados por seus chefes e seus pares, que na maioria das vezes são objetos de acusações ainda mais graves. Como não absolver o “companheiro” que amanhã poderá vir a julgá-lo, também, no plenário. De cada dez julgamentos no plenário do congresso, dez são absolvidos. Apesar das provas, são beneficiados por leis que eles mesmos criam, como se fossem entes acima da lei.
Para desviar a atenção da nação, porém, pensam em elefantes brancos como essa lei que só levará crianças pobres para a cadeia.
Porque não pensam na maioria das cidades brasileiras, cujos alunos do ensino fundamerntal ainda não receberam os livros didáticos deste ano e às vezes não têm merenda porque os políticos desonestos desviam os recursos da merenda. Grande parte das crianças que vivem na zona rural ou estudam, caminham dez, quinze quilômetros todo dia para ir à escola. Os prefeitos não providenciam transporte para elas.
Quando os políticos, tão criativos para cobrar boa conduta dos outros, tiverem a mesma preocupação consigo mesmos, eu apoiarei a redução da idade penal. Sem receber educação dos pais e o Estado dando estes exemplos, as crianças não podem ser culpadas.

O problema não é o PMDB. É o PT querer ser o PMDB

O problema não é o PMDB. É o PT querer ser o PMDB

O PT teve a oportunidade de se diferenciar e mudar o modus operandi da política no país. Preferiu imitar o que sempre criticou. Por Leandro Mazzini

14/02/2011 | Enviar | Imprimir | Comentários: 3 | A A A
Nos últimos meses, tem havido muito fogo amigo entre os “aliados” do PT e do PMDB, tudo por causa de comandos e cargos comissionados em estatais, ministérios, autarquias e afins. Um fogo cruzado tradicional em épocas de transição, mas não tão evidente como desta vez. Há um fator novo. O PMDB, até poucos anos o maior partido do Brasil, com seus grupos distintos que brigam internamente por correntes de poder, sempre foi fisiológico. O problema para o atual governo é maior que este PMDB. É que o PT, então no poder, passou a cobiçar o mesmo e, involuntariamente, o status de fisiologismo do PMDB.
O mais espantoso é que nenhum dos dois partidos reconhecem isso, apesar das evidências na mídia e nos seus cotidianos de disputa. E quem perde é o próprio governo, que estanca nomeações para funções importantes cujas pastas poderiam mostrar eficiência em lugar de uma morosidade política cada vez pior. A cada dia mais disputada – e não pelo conceito da meritocracia, mas pela política de distribuição de benesses a aliados, em alguns casos a “técnicos”, em outros a incompetentes declarados, e todos eles inevitavelmente norteados pelas escolhas partidárias.
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É difícil encontrar uma fórmula para mudar isso. Aos olhos da população, um mal administrativo, mas aos olhos dos políticos, um direito alcançado como recompensa depois da digladiação eleitoral. Quem vence, sente-se no direito de repartir o prêmio – ou não. Independentemente de o cidadão sair ganhando ou não nesta partilha de poder.
Nesse ritmo, a briga do PT com o PMDB por esses feudos só tende a piorar, e dela pode nascer uma crise para a presidente Dilma Rousseff driblar. Esse é o maior perigo para o seu governo: ele não vem da oposição, fácil de rebater para quem conquistou uma base ampla de apoio no Congresso. Ele surge dentro de seu castelo, com o perigo de uma traição dos súditos desestabilizar o sustentáculo da governabilidade.
Ressalta-se, neste sentido, o caso de Eduardo Cunha. O deputado federal perdeu suas indicações para o setor energético que controlava em parte até mês passado. Ameaça jogar luz em casos obscuros de aliados petistas. Até agora, nada. Mas a ameaça fica. O PT, por outro lado, é generoso com quem ainda manda no PMDB, como o senador Renan Calheiros e o presidente do Congresso, José Sarney, além do grupo político do próprio vice-presidente Michel Temer. Junto, esse trio emplacou todos os ministros do PMDB, suas crias, nas pastas que ganharam. Ou seja. Sarney, Renan e Temer mandam no PMDB que está no poder. A outra ala renegada grita. Resta saber se haverá eco. E se esse som ultrapassa os vidros blindados do Palácio do Planalto. Mas essa é só a briga do PMDB. Há o PT, e tudo recomeça.

Dilma altera composição da gasolina

MEDIDA PROVISÓRIA

Dilma altera composição da gasolina

Espera-se que a diminuição da mistura de álcool na gasolina tenha impacto direto no preço do combustível

29/04/2011 | Enviar | Imprimir | Comentários: 4 | A A A
Foi publicada nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União uma medida provisória assinada nesta quinta, 28, pela presidente Dilma Rousseff visando conter a disparada do preço da gasolina no país.
A MP 532 permite a redução da mistura de álcool na gasolina. Passa a valer que a quantidade de álcool anidro na gasolina seja no mínimo de 18% e no máximo de 25%. Antes, o mínimo era de 20%.

Mudança de classificação do etanol

Como o preço do álcool está em forte alta, espera-se que a diminuição da sua mistura na gasolina tenha impacto direto no preço do combustível.
A MP assinada por Dilma também muda a classificação do etanol de “produto agrícola” para “combustível”, o que abre espaço para a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) regular a comercialização, a estocagem, a exportação e a importação do produto.
 

A VIOLÊNCIA E A PERSISTÊNCIA

A VIOLÊNCIA E A PERSISTÊNCIA

Luiz Eduardo Cheida - cheida@alep.pr.gov.br
 O vento e o sol discutiam sobre quem era mais forte. Olhando para a terra, viram um homem caminhando, vestindo seu casaco. O vento desafiou:
- Quem de nós o fizer retirar o casaco é o mais forte.
Concordando, o sol pediu que o vento agisse primeiro.
E ele fez o que sabia fazer: soprar. Soprou forte. O homem, sentindo frio, abotoou o casaco. Ele soprou mais forte ainda, com violência, e o homem, fechando ainda mais a vestimenta, encolheu-se todo. Constatando que, quanto mais violento, menos chances de fazê-lo despir-se, parou de soprar.
Foi, então, a vez do sol.
A princípio, o sol brilhou fracamente. O homem endireitou o corpo. Em seguida, brilhou mais forte. O homem desabotoou o casaco. Por fim, brilhou com grande intensidade. O caminhante, encalorado, retirou o casaco completamente.
- Você é o mais forte – admitiu o vento.
- Não – respondeu o sol – sou apenas o mais persistente.
A humanidade está diante de uma encruzilhada civilizatória. Nosso modelo de civilização parece ter esgotado as chances de manter o planeta ambientalmente equilibrado.
O progresso que a maior parte do mundo persegue é o bem-sucedido padrão norte-americano de consumo. O mesmo que faz seus 350 milhões de habitantes consumirem 25% da energia e matérias-primas produzidas na Terra. É fácil entender que, se todas as pessoas tivessem este padrão, o planeta suportaria só 1,4 bilhões delas. Entretanto, já somos mais de 6,5 bilhões! Mesmo assim, as pessoas perseguem este padrão. Ele não é matematicamente possível, mas é o padrão desejado.
Além de não ser aritmeticamente viável, este modelo é competitivo, é excludente, é gerador de misérias e mazelas sociais; é intrinsecamente pernicioso porque descarta os que não se enquadram; intrinsecamente mau porque alija os que não o reproduzem; é predador dos recursos naturais, é produtor de passivos ambientais, é uma ameaça à integridade física e biológica do planeta. Mesmo assim, é desejado com um fervor religioso.
O modelo de civilização buscado pela maioria não garante a permanência da maioria no planeta. Por isso, estamos diante de uma crise civilizatória.
Diante de crise de tamanhas proporções, é preciso insistir em um outro padrão de comportamento. Um padrão que, em vez de competitivo, seja solidário. Em vez de excluir, inclua. Em vez de gerar misérias e mazelas sociais, promova o desenvolvimento individual e coletivo. Em vez de descartar quem não se enquadra, garanta chances desiguais aos desiguais. Em vez de alijar os que não o reproduzem, valorize aqueles que apontam caminhos diferentes. Em vez de predar, poupe os recursos naturais. Em vez de produzir passivos ambientais, produza alternativas naturais. Em vez de ameaçar o planeta, coloque-se ao lado dele.
E não adianta, como o vento, usar a violência para que tais padrões estabeleçam-se. Como o sol, é preciso persistência.
Ser persistente na defesa da solidariedade. Persistente na busca da inclusão. Persistente na construção do desenvolvimento individual e coletivo. Persistente na tolerância para com os desiguais. Persistente na valorização dos que pensam diferente. Persistente, enfim, na busca de um novo modelo civilizatório que, sem perder o dom de produzir cultura, nos faça voltar a conviver com o mundo natural.
Em verdade, a crise civilizatória é uma crise de valores morais. A natureza venceu. É preciso admitir. É hora de substituir a velha moral humana por princípios naturais. Mesmo que não o façamos pelo mundo natural; que o façamos apenas por nós. Por nossa exclusiva sobrevivência.
A natureza já teve paciência demais.

Luiz Eduardo Cheida é médico, deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia da Assembléia Legislativa do Paraná. Premiado pela ONU por seus projetos ambientais, foi prefeito de Londrina, secretário de Estado do Meio Ambiente, membro titular do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e do Conselho Nacional de Recursos Hídricos

Sustentabilidade é inovação

 Sustentabilidade é inovação




À medida que a sustentabilidade passa a ser abordada em algumas empresas com base na noção de oportunidade, e não na de risco, o tema, antes alternativo, vai se deslocando de uma posição marginal para outra central na escala da estratégia de negócios. Este movimento se deve a uma mudança gradativa do foco no processo interno para um foco no cliente e no mercado, e a uma substituição, ainda lenta mas consistente, da visão meramente compensatória para uma visão de valor adicionado.
  A corporação que, até algum tempo atrás, se preocupava exclusivamente com a redução do desperdício de insumos ou com a manutenção da licença para operar em comunidades, começa agora a perceber que os consumidores querem mais e estão dispostos a comprar produtos ambientalmente responsáveis e socialmente justos, que combinem utilidade, conveniência e valor. Já não se busca mais ser sustentável apenas para evitar perdas  (de recursos naturais, eficiência, reputação, imagem e ambiente de negócios) mas para obter lucros. E bons lucros.
   São cada dia mais comuns os exemplos de que sustentabilidade gera resultados econômico-financeiros. A Toyota é o caso mais notório. Em 1995, 
antevendo o aumento do preço da gasolina e o interesse por carros ecoeficientes, a empresa criou a tecnologia do motor híbrido. Seu modelo Prius é hoje um fenômeno mundial. Com a meta de vender um milhão de veículos híbridos (89% menos emissão de carbono) até 2010, a Toyota fez o que, há alguns anos, pareceria impossível: disputar com a tradicional General Motors o primeiro posto em número de carros vendidos no mundo. 
   A GE também adotou o atalho verde. Em 2005, criou um programa chamado Ecoimagination para ajudar os seus clientes a reduzir impactos ambientais, especialmente emissão de gases de efeito estufa. Até 2010, espera multiplicar por dois os seus investimentos em tecnologia de energia limpa, chegando a U$ 1,5 bilhão, e também as receitas advindas de produtos mais sustentáveis, como turbinas movidas a gás natural. Seus negócios com energia eólica cresceram quatro vezes desde 2001. E de 2003 para cá a empresa já comercializou com a China mais de U$ 1 milhão em turbinas menos poluidoras. Vale dizer: a GE já foi considerada a inimiga número 1 do meio ambiente. A Dupont, com a produção de proteína de soja no lugar de insumos químicos, a Procter & Gamble com a adoção de estratégias para promover a inclusão de populações de baixa renda pelo consumo e a Pepsi, com os seus programas que privilegiam fornecedores ligados a minorias, também  estão entre os exemplos de empresas que começam a ganhar dinheiro com pressupostos de sustentabilidade. No Brasil, o papel Reciclato da Suzano, os produtos da linha Ekos da Natura, os carros flex, os fundos éticos de bancos, o crescimentos das construções verdes e das empresas de reciclagem reforçam a tendência.
    Em todas essas experiências, um traço comum é a busca pela inovação no desenvolvimento de novas tecnologias associada à educação de pessoas. As razões são óbvias. Não será possível pensar nesse tema, sob a ótica de oportunidade de mercado, sem inovar. Não será possível inseri-lo no cerne dos negócios sem formar conhecimento, sensibilizar funcionários e parceiros e capacitá-lo para que identifiquem pontos de interface entre as estratégias da empresa e os interesses da sociedade e do Planeta.
Abraão de Oliveira

Energia atômica

 Energia atômica


 Efraim Rodrigues - efraim@efraim.com.br 
Eu era muito pequeno, mas me lembro do ministro nipônico assinando o contrato da usina atômica.
Depois, vieram à tona os vários riscos associados às usinas nucleares, e eu também fui me bandeando para o lado dos ambientalistas.
Neste meio tempo, para reforçar minhas crenças, aconteceram os acidentes de Three Mile Island, Chernobyl, e em Goiânia, o rompimento de uma cápsula com Césio 137, que mesmo não tendo nada a ver com usinas atômicas, é uma mostra de que tipo de cozido se faz quando se misturam os ingredientes falta de educação com radioatividade.
Mas agora os tempos são outros, não sabemos mais quem é de esquerda ou de direita, e tem até ambientalista reconhecido a favor de usinas atômicas.
Os argumentos a favor são que com os problemas climáticos todos, produzir energia a partir do átomo não coloca carbono na atmosfera, além de ser muito mais barato. Cada Kw/h produzido por energia atômica é quase três vezes mais barato que quando produzido em termoelétrica.
Afora a manutenção, usinas atômicas são construções caras. A última que entrou em operação nos EUA custou 7 bilhões de dólares. A Companhia de Energia de New Hampshire foi a única que quebrou depois da crise de 1929. Isto, por causa de ter se metido a construir uma usina atômica. Nos Estados Unidos, a viúva é pão dura, e não cobre orçamentos mal feitos.
Os engenheiros agora dizem que as usinas estão mais baratas, seguras e fáceis de construir. Dizem que Chernobyl tinha padrões de qualidade muito baixos, e que aquilo hoje não aconteceria.
Isto me lembra da cirurgia para curar miopia. A cada dois anos, eu ouço um entendido dizendo que agora os problemas estão todos resolvidos, com esta nova tecnologia...
Daí eu fico sabendo de problemas que nem conhecia, porque não haviam sido divulgados. Como saber se agora não há outros problemas escondidos ?
Eu me recuso a pensar que estamos OBRIGADOS a recorrer à energia atômica por falta de alternativa. Eu me recuso a aceitar que iremos nos arriscar nesta aventura para evitar os malefícios do carbono, sem considerar transportes coletivos, bicicletas e tantas outras coisas que nosso mundo precisa.
Acaba de sair uma pesquisa dizendo que 60% dos brasileiros são sedentários, estão se matando por preguiça. O outro lado, é que o resto, no qual me incluo, estão correndo bobamente por aí.
O governo tinha é que botar esta gente para virar um engenho qualquer, que substituísse a energia das usinas atômicas. Isto nos livraria delas, e também das academias, o outro grande mal moderno.
Ouça a coluna Som Ambiente na Rádio Bandeirantes, toda terça-feira, cinco horas e um pouquinho, emhttp://www.radiobandeirantes1120.com.br/pop_aovivo.htm
Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor do livro Biologia da Conservação, e nos fins de semana ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico.

Marketing sim, na dose e no momento certos

Marketing sim, na dose e no momento certos


Ricardo Voltolini -  ricardovoltolini@revistaideiasocial.com.br
 Na semana passada, uma pesquisa do Ibope revelou que 46% dos brasileiros consideram as ações de responsabilidade social e ambiental uma mera estratégia de marketing das empresas. Em síntese, ainda prevalece uma percepção de que as corporações “vendem” mais do que realizam e que fazem apenas com o propósito de mostrar que fazem.
     Essa conclusão não chega a ser nenhuma surpresa. Entre as perguntas freqüentes a este colunista, a mais recorrente é a que relaciona os investimentos em sustentabilidade com objetivos de marketing, sejam eles institucionais, para melhorar a imagem de marca, ou promocionais para valorizar produtos.
   Em todas, sobressaltam uma desconfiança e uma certeza. Os leitores mais críticos desconfiam que as empresas exageram nos seus feitos, relatam apenas a parte que mais as interessa e escondem a face, digamos, menos sustentável do seu ser. Eles estão certos também de que as empresas fazem bem menos do que fariam se essas ações não representassem um valor crescente para os negócios na percepção dos consumidores e da sociedade; por isso crêem que a intenção – que classificam com a palavra “oportunista”--, diminui a validade do gesto.
    Ainda que essa interpretação seja baseada mais em impressões do que em dados, ela tem sido forte o suficiente para levá-los a desacreditar na honestidade desinteressada dos investimentos em sustentabilidade –a pesquisa do Ibope apenas confirma uma opinião renitente de que, exageros à parte, as ações sociais e ambientais são pensadas para convencer consumidores de que as empresas são  boas e cidadãs.
    É bem verdade que os brasileiros tendem a desconfiar culturalmente de tudo o que vem de empresas. A sustentabilidade seria, portanto, apenas um ponto a mais. Mas, nesse caso específico, considerando a força e a resistência dessa percepção, cabe sim refletir sobre até que ponto não há mesmo mais marketing do que seria necessário nas estratégias de sustentabilidade.
    Antes de passar a uma tentativa de resposta, convém explicar o que significa marketing para um brasileiro médio, até porque a compreensão sobre o termo  condiciona o seu modo de pensar. No imaginário coletivo, marketing equivale “tecnicamente” a uma combinação de fazer propaganda  e vender e, quando aparece fora de contexto técnico, vem sempre associado pejorativamente a algo que só tem aparência e não conteúdo.
   De lado os estereótipos, o fato é que, nas empresas, o marketing abriga hoje todos os movimentos  relacionados á esfera da marca. A considerar, portanto, que a sustentabilidade, atributo cada dia mais valorizado neste início de milênio, afeta o modo como os consumidores e  sociedade formam impressões sobre uma empresa, um produto e uma marca, nada mais natural que o tema acabasse na mesa de um departamento de marketing.
    O problema, em nosso entendimento, é quando o marketing capitaneia o pensamento estratégico sobre sustentabilidade e, por causa disso, dá o tom ás ações. Por mais bem intencionada que seja, essa decisão quase sempre contamina o tema com três vícios típicos do marketing que podem reforçar a desconfiança das pessoas: a simplificação, o imediatismo e a crença na auto-suficiência da propaganda.
    Toda simplificação impõe perdas. A tentativa de encaixar as ações sociais e ambientais em um “posicionamento”, claro e rápido, normalmente baseado em slogans e frases de efeito, pode até provocar impacto positivo no consumidor  mas efetivamente não comunica tudo o que a empresa faz. E pior, pode desinformá-lo. Como a maioria das campanhas usa um tom emocional, preferindo as imagens e metáforas bonitas aos fatos, o consumidor acaba, com razão, desconfiando de que a mensagem valoriza apenas o lado da empresa que fica melhor para a fotografia, não os resultados, impactos e transformações efetivas.
     Em mercados cada vez mais competitivos, a busca por resultados imediatos passou a ser uma espécie de mote filosófico. O marketing é um dos departamentos que melhor o incorpora, com uma pressa e um senso de urgência característicos. No caso da sustentabilidade, o equívoco é achar que, como “diferencial estratégico”, ela tem que gerar resultados rápidos para a marca – muito embora nem todos saibam exatamente mensurar que resultados seriam esses. Nunca é demais lembrar: marketing não muda processos de produção, não propõe rever modelos de gestão nem  promove revisões em práticas de negócio. Logo, não é a área mis adequada para coordenar um processo interno de cultura de sustentabilidade. Melhor que seja convocado a ajudar na comunicação, importante e necessária.
    Outro vício comum é achar que a propaganda resolve tudo. Ela tem evidentemente o seu papel. E a posição, aqui defendida outras vezes, é de que as empresas a utilizem sim, com os devidos cuidados na forma, no conteúdo e na quantidade. Tão ou mais importante do que a propaganda, no entanto, são as ações de comunicação voltadas para os diferentes públicos de interesse, pois, realizadas com planejamento, contribuem para consolidar a percepção sobre a relação dos grandes temas da sustentabilidade com a identidade da empresa.
   Cuidar para que não haja excesso de marketing é um primeiro passo importante no esforço de reduzir os elevados níveis de desconfiança da sociedade em relação aos investimentos em sustentabilidade. Marketing sim, mas na dose e no momento certos.
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Em resposta á última matéria publicada nesta página, a Telefônica informou a esta coluna sobre como tem procurado melhorar o atendimento ás queixas dos seus clientes: “A empresa realiza pesquisas periódicas de satisfação e, com base nelas, implementa as mudanças necessárias para um atendimento cada vez mais ágil e eficiente.  Na Central 103 15, as transformações acontecem por meio de investimentos contínuos em tecnologia e principalmente na capacitação dos atendentes.  Em 2006, foram realizadas mais de 1,4 milhão de horas em treinamento e, até o final de 2007, a meta é oferecer 2,5 milhões de horas para os 15,3 mil operadores da central.  Outra ação importante, na Central, foi a aplicação da metodologia Seis Sigma, para  eliminar perdas de chamadas por motivos técnicos –esta iniciativa resultou em um aumento de 7 pontos percentuais na satisfação do cliente.
A preocupação com a qualidade dos serviços também pode ser mensurada pela conquista do ISO 9001:2000.”

Problemas da Adolescência

Problemas da Adolescência

      Ao falar sobre Estilos Urbanos muitas pessoas pensam logo em marginalidade, sem terem noção do seu significado.

       As pessoas ao falarem de juventude pensam logo em irreverência, má educação, violência, desinteresse escolar,... Na verdade há ocasiões que levam alguns jovens a ter comportamentos “errados”. Muitos jovens, para se auto afirmarem, procuram na mentira e na ignorância aquilo que por muitos é considerado irreverente, mas na realidade isso não passa de irresponsabilidade.

        Muitas garotas deixam-se levar pelas conversas dos rapazes, não pesando os perigos que correm: é muito frequente os adolescentes terem relações sexuais não recorrendo a contraceptivos; por exemplo, o preservativo é 99% eficaz na prevenção de doenças sexualmente transmitidas e evita a gravidez não desejada. Existem muitas garotas com idades compreendidas entre os 15 e os 16 anos que já têm filhos e muitas delas são mães solteiras.

        Na sexualidade existem diversos problemas, um deles é o HIV que é transmitido através das relações sexuais (sem preservativo), através do sangue e de fluidos corporais. O preservativo evita não só a gravidez, mas também a transmissão de DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

        Quando são infectados alguns jovens escondem-se nas drogas para se abstraírem dos problemas em vez de utilizarem a “inteligência” para os enfrentarem. Preferem continuar no caminho das drogas chegando até ao roubo para conseguirem dinheiro suficiente para adquirir o estupefaciente que consomem habitualmente. Se os toxicodependentes não consumirem a sua dose diária, caiem na ressaca e alguns acabam por morrer.

    A marginalidade, a sexualidade e o consumo de drogas são os principais problemas da adolescência hoje em dia.

Dengue: um mal cada vez mais incidente

Artigo de Opinião - Dengue: um mal cada vez mais incidente

A dengue é uma doença infecciosa e febril, que ocorre com maior intensidade no verão, podendo, no seu início, ser confundida com a gripe devido à semelhança dos sintomas.

Ela é causada por um vírus que é transmitido por um mosquito, o Aedes aegypti. Apenas as fêmeas do mosquito infectam as pessoas. Normalmente, as picadas acontecem no começo e no fim do dia. Apesar de ter uma vida curta (em torno de 3 meses), um único mosquito pode infectar centenas de pessoas.

São conhecidos quatro tipos diferentes da dengue, os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Por isso uma pessoa pode ter até 4 episódios da doença. Porém, no Brasil, não existem registros do quarto sorotipo.

Não é muito difícil reconhecer o mosquito transmissor da dengue. Ele é menor do que um pernilongo comum, possui dois pares de asas e apresenta uma coloração preta com listras brancas. Já as larvas do mosquito são difíceis de observar, pois medem poucos milímetros e são translúcidas.

Os principais sintomas dessa doença são dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta, diversas manchas e coceiras pelo corpo, diarréia, náuseas, vômitos, falta de apetite, fraqueza e febre. Já nos casos de maior urgência, conhecidos como dengue hemorrágica, o paciente pode apresentar, também, sintomas mais graves como dor forte na região do abdômen, pressão muito baixa, pulso rápido e fino e hemorragias pelo corpo.

Normalmente, o tratamento é realizado de acordo com a gravidade do caso e com os sintomas que o paciente apresenta. Os medicamentos utilizados devem ser cuidadosamente receitados, pois alguns deles podem favorecer o aparecimento das hemorragias. Além disso, o paciente deve ficar em repouso e bem hidratado. O tratamento médico adequado é fundamental, pois a dengue é uma doença séria, que quando não tratada corretamente pode até matar.

Ainda não existe vacina contra a dengue; por isso, a prevenção é o melhor remédio. É necessário evitar a intensa reprodução do mosquito, acabando com os seus criadouros. Para que isso aconteça, toda a população tem de estar ciente desse fato, não deixando água limpa e parada em vasos de plantas, pneus, bacias, garrafas, baldes, telhados, piscinas, caixas d'água destampadas ou em qualquer outro lugar que possa ser um ambiente favorável para a reprodução do mosquito.

Evite esse mal, faça a sua parte e proteja-se!
 

 
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